Seguindo o Aqueduto desde a Praça das Amoreiras onde tem fim a visibilidade desta estrutura, podíamos pensar que tão depresssa estamos centrais e urbanos como passamos a estar periféricos ou rurais… Neste percurso vamos concretizar melhor esta hibridez urbana e questionar tanto os conceitos de centro e periferia como os de cidade e campo.
O Aqueduto será o fio de Ariadne de uma nova perspectiva sobre a construção do espaço urbano que debaterá as várias construções de cidade moderna. Através da observação de projectos tão diferentes quanto o próprio Aqueduto, o projecto iluminista pombalino, o Bloco das Águas Livres do Arquitecto Nuno Teotónio Pereira, , as Torres das Amoreiras, a auto-estrada A5, o viaduto Duarte Pacheco e a infra-estruturação do Vale de Alcântara.
Vamos dar a conhecer não só a vista aérea do Aqueduto que podemos ter sobre o Vale de Alcântara, desde a Ponte 25 de Abril a Odivelas. Assim como vamos perceber a coexistência de estrutura e espaços urbanos que pertencem ao perfil industrial construído desde o plano pombalino do séc. XVIII na área das Amoreiras e Campolide e a sua contemporaneidade Arquitectónica, Urbanística de lugar de serviços e habitação.
Following the Aqueduct from Amoreiras Square, where it ends the visibility of this structure, we can either feel central and urban or peripheral or/and rural … In this walk we will put together these ideas and question the concepts of center and periphery as well as town and countryside.
The Aqueduct is the Ariadne’s thread of a new perspective debating different constructions of modernity and modern city. Illustrated by the observation of such distinct projects as the Aqueduct itself, Bloco das Águas Livres housing project by Nuno Teotónio Pereira, Amoreiras Square, the A5 motorway and Duarte Pacheco’s Viaduct, The Amoreiras Towers and the infra-structuration of Alcântara Valley.
We can see the Aqueduct’s aerial view of the Alcântara Valley and the South-North view from the April 25 bridge till Odivelas (a municipality in the North of Lisbon) but also the coexistence of the industrial spacial structure built since the XVIII century started with the construction of the Pombalino Plan for Amoreiras and Campolide area and it’s contemporary Architectural and urban reality of a place of services and housing.
Jorge Luís Firmino Nunes (Lisboa, 1969) é arquitecto (1993) e doutor (2012) pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. É docente na Secção de História e Teoria da Arquitectura, do Urbanismo e do Design, do Departamento de Artes, Humanidades e Ciências Sociais da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa. Trabalhou como arquitecto em regime liberal tendo desenvolvido vários trabalhos no campo do projecto de arquitectura. Foi editor de Projectos do J-A, Jornal Arquitectos órgão oficial da Ordem dos Arquitectos, nas duas séries dirigidas pelo arquitecto Manuel Graça Dias. 2002-2005 (n.os 207 – 219) e 2009-2012 (n.os 234 – 245). Entre 2005 e 2007 integrou a equipa responsável pelo Centro Editorial da Ordem dos Arquitectos Portugueses. Investigador do projecto de Investigação Arquitectura(s) de Papel – Estudo Sistemático de Imagens e Projectos de Arquitectura do Séc. XX, através da “Construção Moderna”, 1900-1919, sedeado na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), referência: POCTI/AUR/60756/2004. Investigador do projecto de Investigação “Arquitecturas do Mar”, sedeado na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), referência: PTDC/AUR-AQI/113587/2009.