Helena Roseta (Lisboa, 1947) é arquitecta pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Foi colaboradora de Nuno Portas e também dos arquitetos Maurício de Vasconcelos e Bruno Soares na recuperação de bairros clandestinos, e ainda de Sebastião Formosinho Sanches, num projeto hospitalar. Foi deputada à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República, perita da OCDE para a sustentabilidade urbana, presidente da Câmara Municipal de Cascais, dirigente da Associação Portuguesa de Arquitetos e, mais tarde, presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Arquitetos. Foi fundadora do Movimento de Intervenção e Cidadania e do Grupo de Cidadãos Eleitores “Cidadãos por Lisboa”, tendo sido vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, com os pelouros da Habitação, do Desenvolvimento Social e da Saúde. Actualmente é Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa e deputada na Assembleia da República.
A cova da Moura é um lugar único na Área Metropolitana de Lisboa e por essa razão motivo de curiosidade científica de várias disciplinas. Este é um pedaço de urbanidade construído pelas pessoas que habitam ou habitaram o bairro. É portanto um tecido heterogéneo desenvolvido entre a auto-construção e a construção comunitária de lugares de socialização. A sua população tem origens várias mas sobretudo em África, nos processos de descolonização e emigração do pós 25 de Abril. O moinho da Juventude participa activamente no acolhimento desta visita-guiada e definição do seu percurso o que é um exemplo da autonomia cultural, social e económica do bairro. Esta será a única visita-guiada deste projecto cujo percurso se desenha para a compreensão de uma identidade própria que tanto nos pode falar sobre a construção metropolitana de Lisboa em tempos de democracia.
Cova da Moura is a unique place in the Metropolitan Area of Lisbon and for that reason object of scientific curiosity of many disciplines. This is a piece of urbanity built by the people who live or have lived in this neighborhood. It’s therefore, an heterogeneous fabric developed between self-built and community building of socialization places. The population has different origins but essentially arrived from Africa through decolonization and emigration processes following the Portuguese democratic revolution of 1974. Moinho da Juventude actively participates in the welcome and definition of the guided-tour, which is a good example of cultural, social and economic autonomy of the neighborhood. This will be the only guided-tour of this project, which the walk will be drawn for the understanding of a specific identity that can speak so much about the metropolitan construction in democratic times.